A Polícia Civil de
Parauapebas está à procura de Ednilton Medeiros Costa, de 27 anos,
acusado de ter matado a adolescente Daisy Zague Moura (foto), de 15
anos, com um tiro na nuca. Ela foi atingida por ele na manhã da última
sexta-feira (27), após a moto em que ela estava acompanhada de dois
amigos efetuar dois “disparos de descarga” – efeito sonoro produzido
quando o condutor da moto, com o veículo em movimento, desliga e liga a
ignição repentinamente – ao passar pela moto em que Ednilton estava.
A Polícia Civil ouviu Maiqson Machado da Silva, o
Max, que conduzia a motocicleta em que a jovem e outro amigo,
identificado apenas como Maurício, estavam. Segundo ele, os três
trafegavam pela Rodovia PA-275 em direção ao Hospital Municipal, onde
Daisy visitaria um amigo que havia se acidentado, mas não ultrapassou a
motocicleta conduzida por Ednilton, que conduzia na garupa o agente de
portaria Darlan Alves Vieira, conhecido como Leôncio.
Maiqson diz que reconheceu Darlan e efetuou “dois
disparos com a descarga da moto”, um antes e outro depois de
ultrapassar o veículo. Ainda conforme Maiqson, Darlan chegou a
cumprimentá-lo, mas o trio seguiu em alta velocidade, não tendo
percebido que Ednilton passou a segui-los. Ao entrar na Rua 11, no
Bairro Cidade Nova, Ednilton teria pegado uma rua contramão, se
aproximado do trio e efetuado três disparos de arma de fogo.
Maiqson diz que apenas ouviu o primeiro estampido
e ao olhar para trás visualizou o acusado disparando outras duas vezes.
Ainda conforme o depoimento prestado por ele, Maurício deitou para o
lado direito e mandou o condutor acelerar. Maiqson chegou a acreditar
que Maurício havia sido atingido, mas em seguida foi informado de que a
adolescente, que estava no meio dos dois, é que estava ferida.
De acordo com ele, imediatamente eles pararam a
motocicleta, deitaram a adolescente no chão e pediram ajuda para alguns
transeuntes. Um homem parou com o carro e removeu a jovem para o
Hospital Municipal de Parauapebas. À tarde ela foi transferida para o
Hospital Regional do Sudeste do Pará, onde morreu.
Maiqson contou à polícia que naquele mesmo dia
Darlan o telefonou e afirmou que o atirador era novo na empresa e que
ele estava trocando de turno no momento em que tudo aconteceu,
acrescentando que havia comunicado o fato aos seus superiores. Darlan
também prestou depoimento e informou que trabalhava como agente de
portaria na mesma empresa que o atirador.
Segundo ele, havia entrado no trabalho na noite
anterior e pela manhã Ednilton havia levado um colega para substituí-lo e
levava Darlan embora quando tudo aconteceu. Ele confirmou a versão de
que a motocicleta na qual estava a vítima passou por eles e disparou a
descarga. Em seguida, conforme ele, começou a perseguição e sacou o
revólver de uma bolsa que carregava lateralmente, disparando três vezes.
Darlan afirmou que ainda tentou bater na mão do acusado, mas este já
havia disparado.
Em seguida ele foi levado para casa e disse que
os dois não trocaram nenhuma palavra. Darlan garantiu que não viu que
alguém havia sido ferido e que tinha visto Ednilton três vezes na vida.
Além disso, acrescentou que não trabalha armado e não sabe dizer se o
colega o fazia.
Segundo o delegado Thiago Carneiro, plantonista
da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, o funcionário da empresa de
segurança reagiu de forma desproporcional ao disparo de descarga de
moto. ”A família procurou a Polícia Civil após a morte da jovem e
imediatamente descobrimos quem era o autor do crime. Fizemos campana,
tentamos localizá-lo para prendê-lo em flagrante e não conseguimos, mas
já o identificamos e pedimos a prisão preventiva do sujeito, que se
encontra foragido”, declarou.
O delegado acrescenta que se alguém o reconhecer Ednilton
Medeiros Costa pela foto (com a arma que provavelmente foi usada no
crime) deve procurar a polícia e denunciá-lo por meio do telefone (94)
3346-8189.
Fonte: Jornal Correio do Tocantins, com
informações e fotos de Vela Preta
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